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Viena, basta-me Viena!

Wien, Wien nur dur allein! Lá nos fomos desde Paris, agora quase no verão. Viena, a quatro horas de München, onde vive uma advogada que eu adoro, minha filha Karin! Foi-se ao nosso encontro com Andy, meu genro, e meu neto Roberto. Nossa neta, estudante de Direito - como eu! - permaneceu no Alemanha.

Frequentamos os arredores da cidade, onde não há turistas. Bom mesmo é sermos como se fôssemos vienenses. Mais de uma vez escrevi, aqui mesmo, sobre ela, Viena, que nos surpreende no tempo e no espaço. Múltipla, o centro da cidade é inteiramente distinto dos seus arredores, dos bairros periféricos, nos quais Beethoven viveu. Não vou me repetir, embora tenha feito quase isso nesta frase!

Karin, Andy e Roberto foram lá comemorar o aniversário de Tania, dia 1º de junho - digo "lá" porque agora escrevo em Paris. Um belo jantar no Plachutta! No domingo, dia 2, um almoço no Mayer am Pfarrplatz após um belo passeio no caminho para Baden. O que me leva agora a retornar a Viena é, no entanto, o episódio que ocorreu nessa noite.

No dia 25 de maio jantamos no Flore com Gisela, que passava por Paris. Dois dias antes de irmos a Viena trabalhei sem parar, em cima de um parecer que Maurício me pediu [vocês sabem que sou dois, um a tropeçar na literatura, outro a ganhar uns trocados com o Direito]!.

Na noite do dia 2 de junho, Karin, Andy e Roberto nos esperavam no salão do Sacher Hotel. Iríamos jantar no Rote Bar. Tocou o telefone do nosso quarto exatamente quando íamos descer. Era o Ricardo, que chegara a Viena e desejava nos encontrar. Preocupei-me. Só teríamos mais um dia antes de retornar a Paris, mas de repente ele disse que estava na portaria do Sacher! Jantamos juntos os seis!!!

O leitor estará perguntando onde desejo chegar. Quem são, afinal, Gisela, Maurício e Ricardo? Ora, pois! São primos da Tania, logo meus. Uma loucura, de repente todos junto a nós. Maurício por telefone e Outlook, Gisele em Paris, Ricardo em Viena! Mundo pequeno. Sobretudo enquanto o pianista do Rote Bar continuamente tocava melodias brasileiras, eu cantarolando, Tania me fazendo sinais para ser mais discreto. Um jantar encantador, após o qual saímos à porta do Sacher para nos despedirmos dos quatro - Karin, Andy, Roberto e Ricardo - e fumarmos.

Assim que acendi meu cachimbo ouvi a voz de Roman - bonsoir monsieur Eros! - um garçom amigo nosso aqui do Flore, que lá estava, com sua mulher, a desfrutar de três dias de folga em Viena!

Ontem, cá em Paris, ao nos encontrarmos no nosso café, eu disse ao Roman, em português, "êta mundo pequeno!".

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